quinta-feira, 18 de setembro de 2014




XIV Encontro de Produção Científica da Psicologia da PUC Goiás
e II Congresso de Psicologia do Cerrado (Conpcer)




Credenciamento
Hall de Entrada do Bloco C – Área IV
De 23 a 26/09/2014



Programação

Conferências, Mesas Redondas, Apresentações Orais e Minicursos

22 Setembro 2014 – Segunda-Feira

17:45 – 18:20h           Abertura Solene – Teatro da PUC (Campus V) – Jardim Goiás

18:30 – 20:00h      Conferência – Teatro da PUC (Campus V) – Jardim Goiás

Conferencista Convidado
Violação de direitos humanos: tráfico de pessoas
Fernanda dos Anjos
(Diretora do Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação – Secretaria Nacional de Justiça / Ministério da Justiça)

20:00 – 22:00 
·        Lançamento de livro: Tráfico de pessoas: Reflexões para a Compreensão do Trabalho Escravo Contemporâneo.    
Autora: Profª. Ms. Marina Novaes

·         Coquetel de boas-vindas Hall do Teatro da PUC (Campus V) – Jardim Goiás




23 Setembro 2014 – Terça-Feira

07:30 – 09:30h  Auditório Área IV
Mesa Redonda
Psicologia Escolar: propostas de atuação na educação básica
Coordenadora: Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana - PUC Goiás
O objetivo desta mesa-redonda é apresentar trabalhos realizados no âmbito da psicologia escolar com foco em propostas de atuação na educação básica. Os trabalhos foram realizados na disciplina de Estágio Básico em Psicologia Escolar e Educacional e tiveram como objetivo inicial a realização de uma análise da escola por meio de observações, entrevistas e aplicação de questionários. Os resultados das análises evidenciaram temáticas recorrentes no contexto escolar que geram dificuldades ao processo ensino-aprendizagem, tais dificuldades podem ser trabalhadas em projetos que envolvam a atuação do Psicólogo Escolar. Dessa forma, serão apresentados trabalhos que discutem possibilidades de atuação do Psicólogo Escolar no contexto educativo com vistas a investigar e contribuir com o processo ensino-aprendizagem. Tais trabalhos são: 1) A análise institucional como um processo interventivo do Psicólogo Escolar; 2) O professor e as relações interpessoais no contexto escolar; 3) Inclusão escolar: desafios e possibilidades; 4) Violência na escola pública: aspectos sociais, políticos e relacionais; 5) As características do processo educativo na escola noturna.

Palavras chave: psicologia escolar, educação básica, análise institucional.

A análise institucional como um processo interventivo do psicólogo escolar
Andressa Tavares, Ketlyn Raiane Xavier, Prof.ª Ms. Juliana Soares Dias
PUC Goiás
A escola é umas das instituições sociais que faz parte da formação, do desenvolvimento e da mediação do sujeito com a sociedade. O presente trabalho objetiva mostrar como um Psicólogo Escolar pode atuar e criar estratégias que contribuam com a qualificação da escola a partir de um processo de análise institucional. Estudiosos que atuam e pesquisam na área de psicologia escolar propõem o desenvolvimento de uma análise institucional como ação primeira do Psicólogo na escola, abrangendo a totalidade da instituição, a saber: o projeto pedagógico da escola; a infraestrutura da instituição; as características da gestão, de professores e alunos, dentre outras. Foram feitas seis visitas a uma escola estadual de Goiânia e realizadas observações e entrevistas semiestruturadas com os profissionais e os alunos, resultando em uma análise parcial da escola. Na análise foram identificadas questões que favorecem e outras que dificultam o processo ensino-aprendizagem, evidenciando possibilidades de atuação do psicólogo escolar.
Palavras chave: análise institucional, psicologia escolar, processo ensino-aprendizagem.

Inclusão escolar: desafios e possibilidades
Alessandra Lopes Pereira, Isabella Martins de Andrada, Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC Goiás
O objetivo deste trabalho é discutir a atuação do Psicólogo Escolar no processo de inclusão, considerando os desafios e as possibilidades existentes. A inclusão escolar atualmente é um tema muito discutido nos contextos educativos, uma vez que existem políticas em vigência que determinam a implantação de projetos que visem a inclusão de pessoas com deficiência nas escolas. As discussões ocorrem em uma sociedade que é caracterizada pela exclusão social, nesse cenário, é importante compreender quais são as condições que favorecem ou não a inclusão escolar. Na disciplina de Estágio Básico em Psicologia Escolar foram realizadas visitas a uma escola pública com o objetivo de elaborar uma análise da instituição por meio de observações do espaço físico e das aulas, bem como entrevistas com professores e com os alunos. Nas análises destacaram-se as dificuldades enfrentadas com os alunos do projeto de inclusão, envolvendo questões ideológicas, pedagógicas e relacionais, evidenciando possibilidades de contribuição do Psicólogo Escolar.
Palavras chave: psicologia escolar, inclusão escolar, políticas educacionais.

Violência na escola publica: aspectos sociais, políticos e relacionais
Larissa Rodrigues Vieira, Glenda Fernandes Nascimento Magalhães,
Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC Goiás
As escolas públicas brasileiras vivem, na atualidade, um cotidiano que atemoriza, adoece e exclui os indivíduos, considerando as condições sócio-culturais e econômicas de cada um. Nesse sentido, há professores que ensinam de forma comprometida com a educação e outros que não conseguem se envolver; há alunos que aprendem e outros que, além de não aprender, não conseguem se relacionar de forma saudável no contexto escolar. E ainda é necessário destacar o tipo de violência política que atinge a escola pública, ou seja, o descaso político com as condições estruturais e humanas das instituições educativas. Esse cenário foi observado na análise institucional que foi realizada em uma escola pública de Goiânia, e este trabalho discutirá os resultados dessa análise, focalizando aspectos das relações interpessoais. Serão apresentadas propostas de atuação do Psicólogo Escolar visando contribuir com mudanças nas situações de violência escolar, a partir de um compromisso político com a qualidade de vida das pessoas.
Palavras chave: psicologia escolar, violência escolar, escola pública.

As características do processo educativo na escola noturna
Wendell Noronha Amorim, Zaine Oliveira Lima, Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC Goiás
A Psicologia escolar objetiva contribuir com a otimização do processo educativo, sendo este um processo complexo de transmissão cultural e de desenvolvimento do ser humano. Os estudos sobre a escola demonstram inúmeros problemas e ao se voltar para a escola que funciona no período noturno, tais problemas são acrescidos de questões relacionadas às condições de cansaço de professores e alunos. Este estudo apresentará a análise realizada em uma escola pública noturna que atende alunos do ensino médio. A análise foi realizada por meio de observações na escola, entrevistas com profissionais da escola e questionário aplicado aos alunos. As informações construídas indicam que além das dificuldades no processo educativo, envolvendo cansaço e desmotivação, existem problemas relacionados à dificuldade de comunicação entre funcionários, professores e alunos, e ainda destacou-se o uso de drogas na escola. Nesse contexto, serão apresentadas possibilidades de atuação do Psicólogo Escolar com foco no atendimento às características e necessidades da escola noturna.
Palavras chave: psicologia escolar, escola noturna, processo educativo.

09:45 – 12:00h           Auditório Área IV
Mesa Redonda
Abordagem funcional, operações experimentais e aplicações no contexto clínico
Coordenador (a): Prof.ª Dr.ª Ilma A. Goulart de Souza Britto - PUC Goiás
Este trabalho apresenta os instrumentos conceituais das abordagens tradicional e funcional para examinar as ações humanas mais complexas. Essas abordagens divergem quanto aos seus pressupostos, princípios básicos, metodologias e práticas para estudar o fenômeno comportamental. A abordagem tradicional localiza suas causas dentro da pessoa sendo o comportamento considerado o indício ou sintoma aparente. Já a abordagem funcional localiza a causa do comportamento nas relações que o individuo estabelece com o seu ambiente. Portanto, a abordagem tradicional foca em construtos deduzidos não observáveis, enquanto a funcional foca no observável, medido e quantificável. Partindo dos estudos pioneiros desenvolvidos por B. F. Skinner e seus seguidores, o conceito de comportamento adquire relevância com a extensão de seu uso aos fenômenos psicopatológicos e, em especial a esquizofrenia.
Palavras chave: abordagens funcional e tradicional, comportamento, esquizofrenia.

Abordagem funcional das ações humanas mais complexas
Prof.ª Dr.ª Ilma A. Goulart de Souza Britto - PUC Goiás

Operações experimentais para obtenção de dados para uma avaliação funcional
Prof.ª Ms. Roberta Maia Marcon - PUC Goiás
Partindo da abordagem funcional entende-se que o comportamento – até mesmo o comportamento bizarro do indivíduo diagnosticado como esquizofrênico – deve ser compreendido no contexto das relações funcionais. Para examinar essas relações, sugere-se o emprego de atividades comumente conhecidas na prática clínica, tal como entrevista, observação. Além disso, é necessária uma avaliação funcional experimental que inclua a manipulação sistemática de variáveis por meio de condições na presença de operação motivadora e operação de reforçamento positivo e negativo. Desse modo, este trabalho enfocará o emprego de operações experimentais como uma forma de obtenção de dados para a avaliação funcional e, consequentemente, planejamento da intervenção.
Palavras chave: avaliação funcional experimental, operação motivadora, operação de reforçamento.

Aplicações no contexto clínico analítico comportamental
Prof.ª Ms. Paula Virgínia Oliveira Elias - PUC Goiás
As pesquisas experimentais realizadas com animais, bem como pesquisas com humanos, geram subsídios para explicações sobre o comportamento e, consequentemente, auxiliam na atuação do clínico analista do comportamento. As comparações realizadas entre os comportamentos de animais e humanos levam a valiosas fontes de observação das diferenças e semelhanças comportamentais. Para que haja um parâmetro de comparação e para que sejam verificados tais fatores faz-se necessário conhecer as fontes de controle de tais comportamentos. As semelhanças indicadas são múltiplas. Podem ser citados os estudos Desamparo Aprendido (Seligman, 1977) e a Supressão Condicionada (Estes e Skinner, 1941) como experimentos clássicos que despertaram comparações inevitáveis. Assim, nesse trabalho serão apresentados os dados referentes a ambas as pesquisas experimentais e dados de casos clínicos que apontam semelhanças entre respostas emitidas. As conclusões remetem a algumas convergências e indicam possibilidades de controles ambientais específicos.
Palavras chave: pesquisas experimentais, comportamento humano e animal, aplicações clínicas.

Análise Aplicada do Comportamento na alfabetização de crianças
com dificuldades de aprendizagem
Leandro Schroder de Paula, Prof.ª  Ph.D. Ângela Maria Menezes Duarte - PUC Goiás
Torna-se cada vez mais frequente queixas relacionadas à dificuldade escolar, assim como o debate deste tema no meio acadêmico. Estudos apontam que 40% dos estudantes brasileiros apresentam dificuldades no processo de aprendizagem da língua escrita, sendo um dos fatores, a inadequação do método de ensino atualmente utilizado no processo de alfabetização. Analistas do Comportamento tem desenvolvido estratégias para maximizar o desempenho dos alunos em aprender, assim como dos professores em ensinar, utilizando-se de princípios como modelagem, modelação, esvanecimento, condicionamento, esquemas de reforçamento e extinção. Este estudo se propõe a alfabetizar duas crianças utilizando-se da Analise Aplicada do Comportamento, ensinando-as a discriminar os estímulos “letras” e responder funcionalmente, visando primordialmente uma aprendizagem sem erros e priorizando a compreensão da leitura.
Palavras chave: Análise aplicada do comportamento, dificuldades de aprendizagem, Dislexia, crianças, leitura.

09:45 – 12:00h           Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Comunicações Orais
Coordenador: Prof.ª Ms. Andréa Batista Magalhães - PUC Goiás
Gestantes de alto risco: nível de depressão durante o período de internação hospitalar
Leulaine Reis Silva, Prof.ª Ms. Andréa Batista Magalhães,
Marilei Francisca da Silva Rodrigues
PUC Goiás
O período gravídico-puerperal pode ser a fase de maior incidência de transtornos psíquicos na mulher. A intensidade das alterações psicológicas dependerá de fatores familiares, conjugais, sociais, culturais e da personalidade da gestante (Falcone, Mader, Freitas, Mota e Nóbrega 2005). Este trabalho investigou o nível de depressão em gestantes de alto risco durante o período de internação no Hospital das Clínicas; as manifestações psíquicas e comportamentais, a compreensão do diagnóstico, adesão ao tratamento e interação de gestantes de alto risco com a equipe multiprofissional. Os instrumentos utilizados foram: Entrevista semiestruturada, Inventário de Depressão de Beck e Roteiro de Avaliação Psicológica aplicada ao Hospital Geral. A amostra foi de 20 participantes, entre 18 a 35 anos, internadas na Maternidade do Hospital das Clínicas. Os resultados obtidos mostraram a existência de comportamentos depressivos, oscilando desde o nível mínimo (20%) até aos mais significativos: leve (50%) moderado (20%) e grave (10%).
Palavras chave: gravídico, depressão, internação, manifestações, adesão.

Ansiedade e depressão em mulheres com dor pélvica crônica
Lívia Rodrigues de França Moura, Prof.ª Ms. Andréa Batista Magalhães,
Marilei Francisca da Silva Rodrigues
PUC Goiás
A Dor Pélvica Crônica é definida como dor não cíclica, na região pélvica inferior, de duração maior ou igual a seis meses, suficientemente intensa para interferir nas atividades habituais, necessitando de tratamento clínico ou cirúrgico. O objetivo deste estudo foi avaliar a ansiedade, depressão e a intensidade de dor em mulheres com este diagnóstico, atendidas em um Hospital Universitário no Estado de Goiás. Os instrumentos utilizados na pesquisa foram: Entrevista semiestruturada com dados sociodemográficos, Inventários de Ansiedade e Depressão de Beck e a Escala Visual Analógica de Dor. Os resultados encontrados confirmaram que mulheres com Dor Pélvica Crônica apresentam níveis elevados de ansiedade e depressão, havendo associação significativa entre esses estados emocionais e a intensidade da dor percebida.
Palavras chave: Dor, Dor Pélvica Crônica, Ansiedade, Depressão.

Qualidade de vida em pacientes em cuidados paliativos com câncer de mama
Mariana Pinto Paiva, Prof.ª Ms. Andréa Batista Magalhães, Márcia de Faria Veloso
PUC Goiás
O objetivo deste estudo foi avaliar o grau de qualidade de vida em mulheres com diagnóstico de câncer de mama em condições de cuidados paliativos. A amostra foi constituída por 22 pacientes em cuidados paliativos com câncer de mama. Para a coleta de dados foram utilizados os Questionários Sócio-Demográfico; Palliative Scale Outcomes Scale – POS e Paliattive Care Quality of Life Instrument – PQLI. O programa Microsoft ® Excel 2007 foi usado para tabulação dos dados e a análise estatística foi realizada pelo programa SPSS® for Windows®, versão 16.0 A análise dos dados permite-nos inferir que a qualidade de vida das mulheres não está boa em alguns aspectos, mas que possuem pontos positivos que as ajudam superar esta fase de suas vidas.
Palavras chave: qualidade de vida, câncer de mama, cuidados paliativos.

Psicólogo no hospital geral: da formação à atuação em equipe multidisciplinar
Prof.ª Ms. Margareth Veríssimo, PUC Goiás
O psicólogo hospitalar atua em equipe multiprofissional colaborando com os conhecimentos da psicologia no atendimento ao paciente hospitalizado e à família, em todo o processo de internação. Além do atendimento ao leito, atualmente, o psicólogo hospitalar tem sido chamado a participar de projetos e equipes especializadas dentro do hospital com o objetivo de melhorar o atendimento e a qualidade de vida dos pacientes. Diante de toda esta demanda, percebe-se um crescimento das oportunidades de atuação na área, fator que tem exigido maior qualificação dos profissionais da psicologia. Esta realidade tem dado origem aos programas de residência multiprofissional, onde a psicologia já participa juntamente com outras áreas, nas especialidades de trauma, urgência e emergência; doenças infectocontagiosas; maternidade e infância e endocrinologia.

18:00 – 20:00h           Auditório Área IV
Conferencista convidada
Desafios interdisciplinares e implicações éticas
da pesquisa sobre tráfico de pessoas
Prof.ª Ms. Estela Márcia Rondina Scandola (UCDB, MS)

20:00 – 22:00h           Auditório Área IV
Comunicações Orais
Coordenador (a): Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa - PUC Goiás
Tráfico de mulheres: uma perspectiva da Gestalt-terapia
Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna Martins Costa, Andressa de Sousa Carvalho, Igor Bastos Bittencourt, Marília Alves Bragança, Marcela de Jesus Junqueira
PUC Goiás
O trabalho terá como objetivo enfatizar como o contexto existencial vivido por uma mulher, incluindo seu mundo circundante, próprio e humano, descrito por Heidegger, favorece a abordagem de traficantes. Os mesmos serão representados pela Teoria de Campo de Kurt Lewin. No contexto, será abordada a co-responsabilidade familiar, exemplificada, pelo “Caso Alma”, resgatando aspectos de sua vivência da infância até a idade adulta, entre eles, a discriminação por ser mulher, que para os seus pais, a impossibilitava de ter acesso a condições favoráveis de educação, o que não era vivenciado por seus irmãos. Alma, a mulher  vítima do tráfico, foi, portanto, anteriormente vítima da discriminação familiar, se tornando vulnerável, a qualquer atividade financeira que lhe permitiria, na sua perspectiva se sentir aceita pela família.
Palavras chave: Gestalt-terapia, Teoria de campo, Tráfico de mulheres.

Da vítima ao protagonismo: uma perspectiva da Gestalt-terapia
Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna Martins Costa, Marcela de Jesus Junqueira, Beatriz Mendes de Souza, Lays Xavier de Castro
PUC Goiás
Essa proposta pretende, a partir da vivência de Charlotte Cohen de 26 anos, vítima da comercialização  humana ainda na infância, encoberta por uma ilusória narrativa de adoção, abordar as formas resilientes vivenciadas pela mesma. Resiliência aqui é, compreendida como, a habilidade do self de contornar as adversidades da vida, se autorregular e expandir  sua awareness, abrindo-se às possibilidades existenciais surgidas no seu contexto de vida. Transformando o tráfico como fundo de sua existência, Charlotte Cohen consegue, a partir
da vitimização, colocar como figura, seus projetos existenciais, ajustando-se criativamente de
forma saudável, transcendo lá e então, configurado no aqui-e-agora vivencial. Esse processo de transformação, será descrito a partir de uma perspectiva fenomenológica, no uso da teoria de Campo de Kurt Lewin.
Palavras chave: Gestalt-terapia, Existencialismo, Resiliência.

A vulnerabilidade social e o tráfico de sentimentos:
uma perspectiva da abordagem gestáltica
Prof.ª Dr.ª Virginia Elizabeth Suassuna M. Costa, Lívia Nayara T. Silva, Isadora Samaridi
PUC Goiás
Etimologicamente, o termo vulnus, vulneris, do latim, sugere a condição de estar ferido, atingido nas suas capacidades, ou limitado nas mesmas. Deste modo, vulnerabilidade reveste-se da marca da ferida, que caracteriza a condição humana desde o primeiro momento até o findar de sua vida. Na perspectiva da Gestalt-terapia, a vulnerabilidade pode ser compreendida a partir das fronteiras de contato, que o indivíduo estabelece nas relações como ser-no-mundo. Especificamente, essas fronteiras podem ser didaticamente subdivididas em, fronteiras do corpo, de exposição de familiaridade de expressão, entre outras. Nessa apresentação, pretende-se aborda-las, a partir de sua constituição que, inegavelmente passa pelo sentimento essencial  de ser confirmado e não coisificado existencialmente, que entretanto, podem ser traficados. As dimensões Eu-Tu e Eu-Isso características da relação dialógica de Buber, serão consequentemente discutidas.
Palavra chave: Vulnerabilidade, Tráfico de sentimentos, Gestalt-terapia.

24 Setembro 2014 – Quarta-Feira

07:30 – 09:30h Auditório Área IV
Comunicações Orais
Coordenador (a): Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
A entrevista na pesquisa sócio-construcionista: uma perspectiva de análise
Lucinéia Schuster, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC Goiás
A entrevista é uma prática em pesquisa largamente utilizada pelas ciências humanas e sociais, principalmente quando são necessárias informações sobre o quê e como  argumentam os/as interlocutores/as. Esta forma de produção de informações é entendida na abordagem construcionista como uma prática discursiva que possibilita compreender os sentidos que os entrevistados/as dão a determinado tema, tal como emerge das falas deles/as e não com categorias definidas a priori. Na pesquisa sócio-construcionista, a entrevista tem a finalidade de compreender a circulação dos repertórios em um momento histórico e social em uma sociedade ou em um grupo. O objetivo desta comunicação é discutir como o método da entrevista pode ser utilizado na pesquisa Sócio-Construcionista, tomando como ilustração, pesquisas que utilizam essa abordagem.
Palavras chave: Entrevista, Pesquisa, Construcionismo social, Prática discursiva.

Políticas públicas: a construção das noções de pobreza no
Programa Bolsa Família
Vanessa Oliveira Mesquita, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC Goiás
Esta pesquisa insere-se no âmbito do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Processos Psicossociológicos do Programa de Mestrado da Pontifícia Universidade Católica de Goiás. Como proposta, este trabalho, alinha-se a estudos voltados à promoção da equidade das relações de riqueza e pobreza, partindo do pressuposto que o fato da desigualdade é fruto de construções sociais. O trabalho insere-se no campo das políticas públicas com enfoque da Psicologia Social Crítica, a partir do movimento do Construcionismo Social e Teoria Ator Rede. Busca-se a compreensão dos sentidos nas noções de pobreza existentes na Política de Assistência Social brasileira, mas especificamente do Programa Bolsa Família. A pesquisa foi realizada no município de Rio Verde – GO, e teve como fontes de informação: documentos de domínio público que envolvem a temática; entrevistas e observações. Foram analisados os sentidos atribuídos à pobreza pelos/as profissionais e beneficiários/as que trabalham diretamente com o benefício de transferência de renda.
Palavras chave: Pobreza, Bolsa-família, Políticas públicas, Psicologia social.

Os sentidos de cuidado na atenção à saúde mental na
graduação em Enfermagem
Sirlei Alves, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC Goiás
Saúde e doença mental são noções referentes a valores humanos. Elas são construídas socialmente, e se vinculam às crenças e ações das pessoas em suas práticas sociais. Tais noções norteiam as relações estabelecidas entre os acadêmicos/as de enfermagem e os/as usuários/as em sofrimento emocional. Assim, faz-se necessário compreender os sentidos de cuidado que sustentam as práticas na atenção ao doente mental. Esta pesquisa baseia-se em pressupostos teóricos e epistemológicos da perspectiva construcionista, segundo a qual tanto o sujeito como o objeto são construções sócio -históricas que precisam ser problematizadas e desfamiliarizadas. Com o intuito de conhecer os sentidos de cuidado que norteiam as práticas dos/as acadêmicos/as de enfermagem na atenção à saúde mental serão utilizados como recursos metodológicos como: pesquisa documental e entrevistas, que serão realizadas com graduandos em enfermagem da FAFICH - Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas de Goiatuba – Goiás.
Palavras chave: Saúde mental, Cuidado, Enfermagem, Sócio-construcionismo.

Construindo a noção de violência contra crianças e adolescentes:
um olhar sobre a capacitação profissional
Lucinéia Schuster, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC Goiás
O objetivo principal dessa comunicação é apresentar o trabalho em andamento da Dissertação de Mestrado em Psicologia, o qual se propõe a investigar como tem sido o processo de capacitação dos/as profissionais que atuam nos serviços voltados ao atendimento dos casos de violência contra crianças e adolescentes buscando compreender os sentidos conferidos por esses/as profissionais às políticas públicas voltadas para essa temática, ou seja, como os/as profissionais/as têm apreendido as leis, portarias e manuais implantados pelos Governos Federal, Estadual e Municipal. Trata-se de uma pesquisa qualitativa em Psicologia Social, com características do estudo ordinário ou cotidiano, a qual objetiva focar nos questionamentos dos atores sociais, tal como estes são vividos no cotidiano, norteada pela metodologia das Práticas discursivas e Produção de sentidos no cotidiano, tendo por base o referencial teórico do Construcionismo Social.
Palavras chave: Psicologia social, Construcionismo social, Práticas discursivas, Violência contra crianças e adolescentes.

07:30 – 09:30h           Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa Redonda
Psicologia Escolar: Para quê? Desafios e possibilidades de atuação
Coordenador (a): Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC Goiás
A Psicologia Escolar refere-se a uma área de conhecimento e de atuação profissional que tem como objeto o encontro entre o sujeito e a educação, com ênfase nas relações estabelecidas entre os processos psicológicos e os processos educacionais. Apesar de a Psicologia escolar ser uma área da Psicologia presente contexto brasileiro desde a década de 1960, ainda existem dúvidas a respeito de seus objetivos e equívocos em relação à prática do profissional. Essa é uma área que envolve o exercício profissional do psicólogo em diferentes contextos educacionais e também abrange a produção de conhecimentos acerca do processo educativo. O psicólogo escolar deve ser envolver com uma multiplicidade de ações, considerando os determinantes sociais e os aspectos subjetivos que constituem os contextos educativos e o processo ensino-aprendizagem. Dessa forma, pretendemos apresentar três trabalhos que apontam os desafios e as possibilidades de atuação em Psicologia Escolar, a saber: 1) Psicologia na formação docente: estudos sobre a mediação pedagógica; 2) Psicologia Escolar: Pra que, no CAS? e 3) Psicologia Escolar/Educacional no Ensino Superior Privado: novos espaços de atuação.
Palavras chave: psicologia escolar, atuação profissional, produção de conhecimentos.

Psicologia na formação docente: estudos sobre a mediação pedagógica
Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC Goiás
As discussões ocorridas na área de formação docente destacam a necessidade de ampliar os conhecimentos do educador em relação aos processos de desenvolvimento e de aprendizagem de seus alunos. Estudiosos contemporâneos investigam o contexto educativo como espaço privilegiado para o desenvolvimento humano e o professor como singular agente mediador desse processo, sendo a interação entre professor e aluno concebida como um espaço simbólico gerador de conhecimentos, de apropriação e produção de significados e de construção de subjetividades promotoras de aprendizagem e de desenvolvimento. Serão apresentados nessa mesa os resultados de uma pesquisa realizada com alunos de um curso de licenciatura na UFG que objetiva investigar o processo de mediação pedagógica, buscando os elementos que caracterizam a mediação e que favoreçam ou dificultam o processo ensino-aprendizagem. A Psicologia pode contribuir com o desenvolvimento dos professores ao criar espaços para reflexão e discussão sobre a prática pedagógica de forma articulada com o conhecimento teórico-metodológico propiciado pela formação acadêmica.
Palavras chave: psicologia educacional, formação docente, mediação pedagógica.

Psicologia escolar: Pra quê, no CAS?
Prof.ª Ms. Juliana Soares Dias
PUC Goiás
A psicologia escolar tem como função facilitar o processo de ensino aprendizagem, atuando junto a direção, coordenação da escola, professores, funcionários, estudantes e pais. A atuação da Psicologia Escolar é voltada para as relações vivenciadas na instituição educacional. Para isso, é necessário que o psicólogo conheça o cenário escolar. O Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e de atendimento às pessoas com surdez (CAS) é um espaço de relação intencional e sistematizada do conhecimento, cujo foco é a criação de situações de aprendizagem, que sirvam de suporte às escolas no atendimento às pessoas com surdez, e , a formação continuada de professores e pessoas da comunidade que tenham interesse em uma formação que amplie sua capacidade de comunicação com a pessoa surda. O CAS possui várias frentes de trabalho, dentre elas o núcleo de convivência que é um espaço planejado para favorecer a convivência, a troca de experiência, pesquisa e desenvolvimento de atividades culturais e lúdicas, integrando pessoas surdas e ouvintes. Este Núcleo conta com: duas psicólogas, uma pedagoga, e uma fonoaudióloga. Esta equipe realiza as seguintes atividades: palestras sobre surdez para a comunidade e para os profissionais do Estado, grupo de família de surdos, pesquisa de satisfação e qualidade de vida (familiares e profissionais), participação nas reuniões e planejamento das atividades da instituição.
Palavras chave: psicologia escolar, CAS, surdez.


Psicologia escolar/educacional no ensino superior privado: novos espaços de atuação
Ronaldo Gomes Souza
PUC Goiás    
A Educação Superior no Brasil tem passado por reformulações nas últimas décadas com vistas a atender às necessidades de expansão e de qualificação do processo educativo. Nesse cenário, nosso interesse se volta para a instituição privada, que para atender as determinações da legislação em vigência, tem desenvolvido novos projetos na área da gestão, do planejamento acadêmico, do acompanhamento ao docente e ao discente. Entendemos que esse cenário gerou um espaço fértil para projetos da área da Psicologia Escolar/Educacional a partir da concepção de que essa área de conhecimentos pode contribuir com a compreensão da dimensão subjetiva que participa do processo educativo, especialmente, considerando que a formação profissional gera processos de desenvolvimento humano. Nessa mesa pretendemos apresentar uma proposta de atuação e de pesquisa que estamos desenvolvendo em uma faculdade particular localizada no estado de Goiás, fundamentada em uma visão crítica de Psicologia Escolar/Educacional.
Palavras chave: psicologia educacional, educação superior, ensino privado, psicologia histórico-cultural.

O professor e as relações interpessoais no contexto escolar
Yara Lima de Paulo, Sergio Augusto R. Franca Filho, Prof.ª Dr.ª Alba Cristhiane Santana
PUC Goiás
A Psicologia Escolar é uma área de atuação profissional e de produção de conhecimentos que se interessa pelos processos de desenvolvimento humano mobilizados nos contextos escolares, com foco nos diferentes fatores que constituem o processo ensino-aprendizagem. Um dos protagonistas do processo educativo é o professor, sua ação envolve o planejamento e a execução de estratégias que podem favorecer ou dificultar o desenvolvimento do aluno. A proposta deste trabalho é discutir as possibilidades de atuação do Psicólogo Escolar junto ao Professor com vistas a contribuir com sua ação e sua formação continuada. Foi realizada uma análise em uma escola estadual que apontou fatores relacionados à ação do professor e às características da relação professor-aluno que podem comprometer a qualidade do processo ensino-aprendizagem. Tal análise fundamentou a elaboração de propostas de atuação que visem investigar e intervir nos fatores que orientam a prática do professor e as relações interpessoais no contexto escolar.
Palavras chave: psicologia escolar, relação professor-aluno, formação do professor.

09:45 – 12:00h           Auditório Área IV

Conferencista convidada
Tráfico de pessoas e trabalho escravo:
além da interposição de conceitos
Prof.ª Ms. Marina M. Novaes (USP)

09:45 – 12:00h           Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa Redonda
Coordenador (a): Prof.ª Dr.ª Adriana Bernardes Pereira - PUC Goiás

Visibilidade sexual e de gênero por meio da internet: catalogação e análise de mídias LGBT
Isana Rodrigues Braz, Prof.ª Dr.ª Adriana Bernardes Pereira
PUC Goiás
As diferentes mídias (eletrônicas, impressas etc.) têm sido reconhecidas como um meio de grande influência na disseminação de informações e notícias; na descrição, veiculação e construção de fatos sociais e, também, na reprodução e manutenção de valores sobre os mais diferentes temas da sociedade atual. Os temas considerados polêmicos como os que perpassam as temáticas de gênero e sexualidade não são exceção. Este estudo teve por objetivo mapear, catalogar e compreender blogs e mídias LGBT (filmes, documentários, seriados, livros e animes) em sua origem, caracterização e o processo de criação no decorrer da história. Os critérios de escolha dos websites e blogs corresponderam a um número igual ou maior de 500.000 visitas, serem brasileiros e conter pelo menos quatro diferentes tipos de mídia diferentes e disponíveis para download. Utilizou-se o programa Ant Movie Catalog (http://ant-movie-catalog.softonic.com.br) que permitiu organizar informações a partir de marcadores como: ano de produção, país de origem e caracterização da mídia com temática ligada a gênero e sexualidade. Foram catalogadas mais de 1200 obras dentre filmes, documentários, seriados, web series, curtas etc. com conteúdos ou personagens LGBT.  É interessante destacar que a mídia pode ser estudada em sua dupla função - como um meio de divulgação que anuncia, promove e disponibiliza outras mídias e essas, por conseguinte, estarem carregadas de sentidos e significados que podem trazer representações sociais divergentes, alternativas, fora da normatividade como um fim. Quando se trata de gênero e sexualidade são inúmeras as possibilidades. Elas vão desde a reiteração de identidades e práticas sexuais hegemônicas até a explicitação de outras possibilidades de ser e estar no mundo no decorrer das mudanças históricas e sociais que se dão com o passar do tempo.  Esta pesquisa tem como base perspectiva teórico-metodológica o Construcionismo Social (IBÁÑEZ, 1994; SPINK, 2004; IÑIGUEZ, 2002), e as interpretações contemporâneas para gênero e a sexualidade a partir dos estudos feministas e os estudos gays/lésbicos (ou mais recentemente, os estudos Queer) (BUTLER, 1993; 1997; 1999).

A dupla função da Mídia para expor conteúdos de pesquisa sobre sexualidade e gênero em "websites e blogs". Um estudo sobre visibilidade
Grasiele Fernanda Santos Cunha, Prof.ª Dr.ª Adriana Bernardes Pereira
PUC Goiás
Na atualidade a mídia pode ser estudada em sua dupla função - como um meio de divulgação que anuncia, promove e disponibiliza outras mídias e essas, por conseguinte, estarem carregadas de sentidos e significados que podem trazer representações sociais divergentes, alternativas, fora da normatividade como um fim. Quando se trata de gênero e sexualidade são inúmeras as possibilidades de acesso e de visibilidade de diferentes informações, notícias e material de arte; possibilitando conectividade com grande quantidade de informações sobre os referidos temas. Este estudo objetivou criar um banco de dados/blog que possibilitasse visibilizar por meio de uma ferramenta Google BLOGSPOT o processo de pesquisar e os conteúdos, coletados e construídos, da pesquisa intitulada Visibilidade sexual e de gênero por meio da internet: catalogação e análise de mídias LGBT. Nesta pesquisa utilizou-se a perspectiva teórico-metodológica do construcionismo social, onde reuniu conteúdos (filmes, animes, séries, livros, músicas, etc.) por meio dos métodos alternativos de distribuição audiovisual (websites e blogs), com a temática de gênero e sexualidade. A mídia “blog” nos possibilitou dar visibilidade do passo á passo das informações contidas na pesquisa. Por meio da mídia blogger, organizou-se os conteúdos da pesquisa, criou-se um layaout explicativo do seu processo e foram apresentadas as etapas e conteúdos da pesquisa. Partindo do pressuposto que a mídia é, também, construtora de fatos sociais, reprodutora de valores e fundamental no estabelecimento da nova estrutura social, propomos que os blogs podem democratizar informações legítimas de processos de pesquisar que por vezes ficam engavetados e distantes do grande público. Esta pesquisa teve como base perspectiva teórico-metodológica o Construcionismo Social (IBÁÑEZ, 1994; SPINK, 2004; IÑIGUEZ, 2002).
Palavras Chave: Construcionismo Social, Gênero, Sexualidade,Teoria Queer.

Validação de uma escala de medidas para o ciúme patológico
Beatriz Mendes de Souza, Denise Graciano, Jordana Martins, Michele Oliveira, Rosiana Resque, Prof.ª Ms. Ivone Félix de Sousa
PUC Goiás
O objetivo da pesquisa foi validar uma escala de medidas para o ciúme patológico. O estudo foi dividido em três polos: teórico, experimental e analítico. No Polo teórico foi escolhido e definido o objeto psicológico, atributos, fatores. No polo experimental foi definida a amostra, os participantes, e aplicado o instrumento piloto. No polo analítico foram utilizadas as análises exploratória descritiva, fatorial e consistência interna. Participaram da pesquisa 240 sujeitos. Primeiramente foi realizada a análise de componentes principais para explorar a estrutura fatorial latente do instrumento de medida.  O resultado da análise fatorial confirmou a existência de um único fator com carga fatorial entre 0,40 e 0,70, com consistência interna entre os itens 0,82. Estes dados confirmam a validade de construto, demonstrando ser esta escala válida e precisa para mensurar o ciúme no fator patológico.
Palavras chave: Ciúme patológico, validade de construto, precisão.

18:00 – 20:00h           Auditório Área IV
Mesa Redonda
Coordenadora: Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza - PUC Goiás

Uma busca do lugar de psicanalista: 100 anos depois de Freud
Ana Paula de Godoi Nasciutti Barros, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC Goiás
A busca do lugar de psicanalista é um processo pessoal, que não se ensina pelos meios convencionais, lendo a teoria, mas que só se alcança na prática, como analisando. Esse lugar que começou quando Freud buscou um método de cura para as histéricas, criando a associação livre. Questões da clínica psicanalítica como o tempo, dinheiro, transferência, sintomas, cura, ética são objetos de estudo desse trabalho, que tem como objetivo compreender o lugar de analista, a partir de um caso clínico de um sujeito atendido durante o estágio de psicologia. Durante o tratamento verificou-se uma melhora no sintoma apresentado pelo o paciente, saindo de uma posição passiva para uma mais ativa na busca de seu desejo inconsciente. Mas, apesar do paciente se esbarrar em suas questões com a mãe e em seu desejo, barreiras da resistência ainda se fazem presentes no caminhar da análise.
Palavras chave: Clinica psicanalítica, técnica psicanalítica, sintoma, transferência.

De Freud a Lennon: “All we need is love”
Prof.ª Dr.ª Kátia Barbosa Macêdo, Luísa Macêdo Ferreira
O presente texto  teórico  construído a partir de uma análise documental, visa abordar a relação entre psicanálise e arte, enfocando o processo de sublimação e criação artística, partindo da análise de alguns fragmentos da obra de John Lennon. Na primeira parte, apresenta uma breve discussão acerca da relação entre arte e psicanálise, em seguida aborda o artista, seu processo criativo, particularmente a sublimação e a obra de arte. Na segunda parte, apresenta brevemente dados biográficos de John Lennon e utiliza cinco recortes de suas obras musicais como forma de ilustrar suas representações ligadas à figura feminina, analisando os mecanismos de projeção de sua angústia ligada ao desamparo, bem como a sublimação na criação de suas obras musicais, tendo como foco as representações femininas.
Palavras chave: psicanálise, sublimação, arte, representações, feminino.

Da melancolia às depressões: um olhar acerca dos fenômenos depressivos
Lara Corrêa Faria, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC Goiás
A contemporaneidade revela e encobre dois males que incomodam: a depressão e a melancolia. O silêncio da pulsão de morte escancara as contradições de uma época através do aumento exorbitante do número de casos de depressão. A inconsistência conceitual dos termos depressão e melancolia faz com que enganos sejam cometidos, tanto na psicanálise quanto na psiquiatria. Na psicanálise há uma distinção no que se refere a esse dois fenômenos. Já na psiquiatria, submetida ao DSM, a singularidade do sujeito é anulada por várias classes de padronização de sofrimento que ignoram possíveis etiologias do fenômeno. O presente artigo percorre conceitualmente, por meio de pesquisa bibliográfica a diferenciação entre depressão, melancolia e estados depressivos. Há reflexões acerca da medicalização e a vinculação entre neoliberalismo globalizante do capital e o aumento do número de diagnósticos de depressão, bem como das contribuições psicanalíticas para a compreensão e distinção dos fenômenos melancolia e depressão.
Palavras chave: Melancolia, Depressão, Psicanálise, Psiquiatria.

Toxicomania e Psicanálise: da contestação da lei a singularidade dos gozos
Vanessa Cristina dos Santos e Silva, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC Goiás
O presente artigo teve como objetivo investigar o gozo do toxicômano através das drogas, tendo em vista que ele traz algumas indagações, como a proximidade com a morte, o incômodo social e a reafirmação dessa relação por parte do toxicômano. Para o desenvolvimento deste foram utilizados os trabalhos de Freud, Lacan, Marco Antônio Coutinho, Charles Melman e Jésus Santiago. A partir desse estudo notou-se que o psiquismo do toxicômano não é diferente dos outros falantes, que a forma de gozar é particular para cada sujeito e que sua ligação intensa com a droga se dá muitas vezes devido à oferta de um produto de gozo que tenta preencher a falta originária de objeto. A toxicomania também demonstrou ter como característica a contestação da lei e dos limites à satisfação.
Palavras chave: toxicomania, Psicanálise, gozo, drogas, lei.

Um percurso do objeto perdido ao objeto “a” em interlocução com a arte abjeta
Rafaela Brandão Alves, Prof.ª Dr.ª Marcela Toledo França de Almeida (UFG)
O presente trabalho refere-se à pesquisa “Do objeto ao abjeto: aproximações entre o antitético na psicanálise e o abjeto na arte” desenvolvida no curso de Psicologia da Universidade Federal de Goiás. A pesquisa se propõe a investigar a relação presente entre a estética na psicanálise e a estética na arte abjeta considerando conceitos psicanalíticos marcados pelo sentido antitético em Freud. Com fins a alcançar esse objetivo foi traçado um percurso à concepção de abjeto, partindo primeiramente da noção de objeto perdido em Freud, abordando, posteriormente, o objeto “a” em Lacan para então elucidar a estética na arte abjeta. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica com análise qualitativa dos textos freudianos e lacanianos previamente selecionados que abordam os conceitos de objeto perdido em Freud e o objeto “a” em Lacan.
Palavras chave: estética, arte, antitético.

18:00 –20:00h            Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Comunicações Orais
Coordenador (a): Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa - PUC Goiás
Estratégias de coping em mulheres com indicação cirúrgica em proctologia
Amanda Ozório dos Santos, Prof.ª Andréa Batista Magalhães, Luciana Marya Gusmão Tartuce
PUC Goiás
O estudo buscou identificar as estratégias de Coping utilizadas em mulheres com indicação cirúrgica na especialidade de Proctologia. Participaram da pesquisa sete mulheres internadas na Clínica Cirúrgica do Hospital das Clínicas da UFG. Utilizou-se como instrumento a análise do prontuário hospitalar, questionário sociodemográfico e o Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus. O resultado trouxe as estratégias focadas na emoção, utilizadas com maior frequência: suporte social, resolução de problemas e reavaliação positiva. Verificou-se a necessidade de novos estudos devido à escassez de publicação da Psicologia na especialidade de Proctologia.
Palavras chave: Proctologia, estratégias de coping, cirurgia, mulheres.
A compreensão do comportamento de automutilar-se na percepção da Teoria Organísmica
Agne Adryane Marques Vieira, Raissa Ávila e Sayonara Oliveira, Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna Martins Costa
A automutilação é qualquer comportamento intencional envolvendo agressão direta ao próprio corpo, perna, áreas expostas, para aliviar sintomas como melancolia e ansiedade, sem intenção consciente de suicídio. É um sintoma comumente relacionado ao Transtorno Personalidade de Borderline (TPB), mas também aparece em pessoas com depressão, transtorno bipolar, síndrome do pânico, bulimia, anorexia, vitimas de bullying, esquizofrênicos entre muitos outros. O indivíduo que se auto-mutila, tende a ter grandes dificuldades para se expressar verbal ou emocionalmente, portanto, não consegue falar publicamente sobre suas angústias nem chorar com automutilação. Se cortam, se queimam, se furam, e os locais de escolha para estas lesões são praticadas repetidos, geralmente são áreas escondidas de uma possível detecção por outra pessoa. A partir do caso da artista Demi Lovato, que durante a sua infância e adolescência sofreu bulimia e automutilação, pretende-se a partir dos conceitos da teoria Organismoca de Kurt Goldstein, uma das correntes teóricas da Gestalt-terapia, compreender a possibilidade de auto-regulação organísmica, ou seja, de uma forma do indivíduo se ajustar no contexto existencial vivido.
Palavras chave: Teoria Organísmica, automutilação, Gestalt-terapia.

O tráfico de influência no processo educacional: uma reflexão da abordagem gestáltica
LayneIlze da Silva, Luciana Moreira David, Roxanny Christinne de Morais Cerbino,
Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna Martins Costa
PUC Goiás
Compreendendo tráfico em uma perspectiva mais ampla, envolvendo as redes de influências, decorrente do sistema capitalista, esse trabalho pretende apresentar uma reflexão crítica acerca do processo educacional. A alfabetização é um processo amplo, vai além do ato de ensinar a ler e a escrever e sim formar alunos críticos, dando a eles possibilidade de apropriação do conhecimento de forma global. O método analítico propõe um processo ativo de aprendizagem, inteligente e global. O método tradicional de alfabetização sintético procura enquadrar o indivíduo a um padrão determinista, excluindo aqueles considerados ineptos. Este trabalho encontra respaldo na Abordagem Gestáltica, e pretende esclarecer as dificuldades enfrentadas por um indivíduo que apresenta dislexia (a qual é definida como um problema de aprendizagem), o risco de expor o indivíduo a um método inadequado, aspecto que pode ser compreendido como uma forma de discriminação fruto do sistema capitalista.
Palavras chave: Abordagem Gestáltica, Processo Educacional, Tráfico.

20:00 – 22:00h           Auditório Área IV
Mesa Redonda
Contingências aversivas recorrentes geradoras de respostas ansiosas: intervenção pela Análise do Comportamento
Coordenadora: Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC Goiás
Este estudo objetivou identificar as variáveis controladoras de comportamentos-problema associados à ansiedade exacerbada em uma participante adulta. Como segundo objetivo: intervir em classes de comportamentos-problema a partir de procedimentos próprios da Análise do Comportamento, para controlar  agentes antecedentes e consequentes. De acordo com a literatura, a ansiedade severa é produzida pelo emparelhamento de um estímulo anteriormente neutro a um estímulo aversivo, quando é comum observar supressão condicionada de comportamentos. Este estudo utilizou-se de um delineamento experimental composto por 21 sessões de 100 minutos cada, no formato linha de base, intervenção I, avaliação pós-férias, intervenção II e avaliação final. Os resultados demonstraram melhoria na qualidade das relações interpessoais, com obtenção de consequências reforçadoras, verificou-se também o alcance parcial no controle das respostas emocionais de ansiedade intensa, apontando a necessidade de continuidade deste programa de intervenção a fim de que todos os objetivos sejam alcançados.
Palavras chave: contingências aversivas, punição, ansiedade exacerbada, análise do comportamento.

Contingências aversivas recorrentes geradoras de respostas ansiosas: intervenção pela Análise do Comportamento
Janaína Gomes de Souza, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC Goiás
Este estudo objetivou identificar as variáveis controladoras de comportamentos-problema associados à ansiedade exacerbada em uma participante adulta. Como segundo objetivo: intervir em classes de comportamentos-problema a partir de procedimentos próprios da Análise do Comportamento, para controlar agentes antecedentes e consequentes. De acordo com a literatura, a ansiedade severa é produzida pelo emparelhamento de um estímulo anteriormente neutro a um estímulo aversivo, quando é comum observar supressão condicionada de comportamentos. Este estudo utilizou-se de um delineamento experimental composto por 21 sessões de 100 minutos cada, no formato linha de base, intervenção I, avaliação pós-férias, intervenção II e avaliação final. Os resultados demonstraram melhoria na qualidade das relações interpessoais, com obtenção de consequências reforçadoras, verificou-se também o alcance parcial no controle das respostas emocionais de ansiedade intensa, apontando a necessidade de continuidade deste programa de intervenção a fim de que todos os objetivos sejam alcançados.

Supressão de reforçadores: agente facilitador para a instalação de comportamentos-problema
Wanessa de Oliveira Correa, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC Goiás
Este estudo objetivou identificar as variáveis causadoras e mantenedoras de respostas de ansiedade, insegurança, solidão e tristeza apresentadas por um participante de 25 anos de idade, em estado de luto pela perda de sua mãe, sua maior agência reforçadora, vítima de um quadro oncológico, há um mês do início deste estudo. Objetivou ainda delinear um programa de intervenção baseado nos princípios da Análise do Comportamento. A retirada súbita e permanente de reforçadores (e.g., morte, fim de relacionamento amoroso) tem efeitos graves, principalmente em indivíduos que possuem baixos repertórios comportamentais para lidar com esses eventos aversivos, pois gera fortes respostas emocionais negativas. O delineamento aplicou contou com 17 sessões - linha de base e de intervenção. Os objetivos foram parcialmente alcançados: descrição das variáveis causadoras e mantenedoras dos comportamentos problema; delineamento de um plano de intervenção e parcial aplicação das intervenções programadas, devido ao limitado tempo de estudo.
Palavras chave: variáveis causadoras, variáveis mantenedoras, ansiedade, intervenção, análise do comportamento.

Déficits e excessos comportamentais favorecedores de consequências aversivas
Lorena Paula Arroyo Ribeiro, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC Goiás
Este estudo teve como objetivo inicial definir os comportamentos–alvo de uma participante adulta para, então, identificar as variáveis estabelecedoras e mantenedoras dos mesmos. O segundo objetivo foi intervir nos déficits e excessos comportamentais da por ela apresentados (e.g., expressar escassamente os seus sentimentos e pensamentos; preocupar-se excessivamente; dentre outros). Com esse fim foram utilizados procedimentos próprios da Análise do Comportamento, com a função de instalar comportamentos mais eficientes (e.g. expressar-se adequadamente; controlar a ansiedade etc.). Para o alcance desses objetivos, foi aplicado um delineamento experimental, desenvolvido ao longo de 34 sessões e composto pelas fases linha de base, intervenção I, avaliação pós–férias, intervenção II e avaliação final. Os resultados apontaram para o alcance parcial dos objetivos: redução das respostas de estresse; controle da ansiedade; aumento do autorreforçamento; modificação das descrições acerca dos eventos; melhora na expressividade; aprendizagem de estratégias eficazes na solução de problemas.
Palavras chave: comportamentos eficientes, comportamentos ineficientes, variáveis estabelecedoras e mantenedoras, análise do comportamento.

Comportamentos deficitários e excessivos: variáveis relevantes à eliciação de estados emocionais negativos
Bruno do Amaral Sousa, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC Goiás
O comportamento do indivíduo na interação ambiental tornou-se objeto complexo de estudo da ciência do comportamento. A investigação dos antecedentes e consequentes tornou-se essencial ao entendimento da função do padrão de respostas desse indivíduo, tanto eficiente, quanto excessivo, assim como os deficitários. Logo, o presente estudo objetivou identificar as variáveis mantenedoras e causadoras de respostas excessivas e/ou deficitárias emitidas por uma participante adulta. Objetivou, também, manipular variáveis controladoras dos antecedentes e consequentes desse padrão comportamental, e que lhe favoreciam respostas emocionais negativas. Um programa de modificação comportamental foi aplicado ao longo de 13 sessões, composto por linha de base e intervenção I. Os resultados foram parcialmente alcançados: observa-se a instalação, em seu repertório, de respostas emocionais positivas e de comportamentos mais eficientes. 
Palavras chave: comportamento humano complexo, comportamentos eficientes, excessivos e deficitários, emoções, análise do comportamento.

A depressão de acordo com as abordagens tradicional e funcional
Mara Maria G. de Freitas, Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC Goiás
O objetivo do presente trabalho foi o de discutir e comparar as premissas de duas abordagens, a tradicional (médica) e a funcional (analítico-comportamental), acerca da depressão. Com o cumprimento desse objetivo, discutir as diferentes formas de se conceber, se definir e se explicar a depressão considerando a visão de ambas as abordagens. Assim como ressaltar as implicações que a adoção de um determinado modelo teórico possui sobre a produção teórico-científica e a atuação clínica dos profissionais de cada área. No que diz respeito à abordagem funcional, são ilustradas algumas possibilidades de atuação da Análise do Comportamento para controle de classes de comportamentos-problema conhecidas como Transtorno Depressivo Importante. Os resultados indicam que a abordagem funcional se apresenta como uma eficaz alternativa na modificação de comportamentos tidos como depressivos.
Palavras chave: depressão, abordagem tradicional, abordagem funcional, análise do comportamento.

20:00 – 22:00h           Sala de Defesas (Prédio da Reitoria – Área IV)
Comunicações Orais
Tráfico de pessoas e Consequências Psicológicas: Considerações preliminares.
Profa.  Maria Luiza Moura Oliveira PUC Goiás
Fluxo de atendimento a pessoas vitima de tráfico
Beth Fernandes

25 Setembro 2014 – Quinta-Feira

07:30 – 09:30h           Sala de Defesas (Prédio da Reitoria – Área IV)
Comunicações Orais
Coordenador (a): Prof.ª Ms. Paula Virgínia Oliveira Elias
Ansiedade e transtorno do pânico: definições e conceitos
Prof. Ms. Júlio César Alves

Propõe-se a discussão considerando que fala-se de ansiedade como enigma, cuja solução jogaria luz sobre a vida mental. A pouco no que diz respeito a desvendar os enigmas ou as imprecisões com os quais se descrevem o termo ansiedade. Perguntar se alguém já sentiu ansiedade parece ser também uma questão inócua porque isso não ajuda a esclarecer a natureza daquilo que é sentido e denominado de ansiedade.
Palavras chave: Transtorno do pânico, ansiedade, análise do comportamento.

Agorafobia e transtorno do pânico: explicações biológicas podem oferecer
direções para o tratamento?
Prof.ª Ms. Maristela Miranda de Carvalho Castro
PUC Goiás
Como a explicação biológica é dominante e permanece na cultura e em sua linguagem, consequentemente, vários tipos de medicamentos – ansiolíticos, antidepressivos, antimania (estabilizadores do humor), antipsicóticos – têm sido usados como tratamento de escolha para os diferentes transtornos mentais.
Palavras chave: Agorafobia, Transtorno do pânico, Análise do comportamento.

Contingências responsáveis pelo comportamento verbal do esquizofrênico
Prof.ª Ms. Maristela Miranda de Carvalho Castro
PUC Goiás
Assim, os analistas do comportamento buscam as contingências que são responsáveis pelo comportamento verbal do esquizofrênico e as circunstâncias pelas quais seus conteúdos verbais se inserem (Britto, 2011). Nota-se que a atenção social é frequentemente dispensada ao comportamento verbal inapropriado do esquizofrênico que de acordo com Miranda e Britto, (2011) ora fala de modo estranho, incoerente ou falso, isto é, delira; ora se comporta como se visse, ouvisse ou sentisse estímulos que não estão presentes, isto é, alucina. E na tentativa de elucidá-lo, esse tipo de comportamento vem se constituindo um importante tema de investigação na ciência do comportamento. Britto (2004) sugere que para compreender a esquizofrenia é necessário observar os comportamentos estranhos ou 'bizarros' do indivíduo diagnosticado com ênfase na função e conteúdo de suas verbalizações. Observa-se que a fala do esquizofrênico é também, na maioria das vezes, incoerente, indesejada e com conteúdos misteriosos.
Palavras chave: Contingências, esquizofrenia, comportamento verbal.

Indicadores de adoecimento de estudantes no programa Saudavelmente da UFG
Lila de Carvalho Ramos
UFG
A organização do trabalho, compreendida como divisão do trabalho (atribuição de tarefas, repartição das responsabilidades) e divisão dos homens (hierarquia, comando, distribuição do poder) que tem forte implicação no funcionamento psíquico, é a compreensão da PDT.O objetivo neste texto é refletir a contribuição da PDT junto aos desafios da profissão de ser estudante do ensino superior, se utilizando para isso da intervenção realizada junto à comunidade universitária da UFG. Inicia abordando os  transtorno  mentais e sua incidência  na comunidade universitária, buscando seus determinantes psicossociais. Tratando da definição de saúde mental segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), discute o estabelecimento do Estado como responsável por prover as condições básicas de vida a todos os seres humanos.  A intervenção partiu de pesquisa exploratória e documental para constituir a demanda. Foram analisadas fichas de acolhimento do Programa Saudavelmente, no período de 2007 a 2011. As fichas de acolhimento contêm as seguintes informações: data de entrada no programa, data de nascimento, sexo, nome, vínculo com a UFG, estado civil, situação socioeconômica, composição familiar, história do paciente, informações gerais, hipótese diagnóstica, entre outros. Foram atendidos 739 discentes, sendo que a maioria eram mulheres (62,7%); graduandos (87%) e provenientes de escolas públicas (81,3%). Como queixa, houve predominância de transtorno de ansiedade (30,2%), depressão (27%) e transtorno psicossocial (12%). Esses alunos foram atendidos em grupos que visavam propiciar a discussão dos fatores ligados ao contexto universitário, bem como às vivências individuais e grupais em relação à inserção na Universidade. A abordagem da PDT se mostrou complementar para o auxilio dos sujeitos em relação à compreensão da instituição, bem como de suas atividades e trabalho na mesma.  É na elaboração que existe uma análise mais precisa das condições de trabalho e uma melhor condição de propor ações adequadas além de trazer consideráveis contribuições teórico-metodológicas para o campo da PDT e, em especial, para a área da Saúde Mental, apesar de se  encontrar obstáculos relacionados à sociedade capitalista e às reformas neoliberais.
Palavras chave: Psicodinâmica do Trabalho, Saúde Mental, Trabalho.

09:45 – 12:00h           Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa Redonda
Coordenadora: Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza - PUC Goiás

As posições masculina e feminina e sua relação
com a atividade e passividade em Freud
Lucienne de Almeida Machado, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC Goiás
O presente trabalho tem por objetivo realizar a discussão sobre a conceituação das posições feminina e masculina na psicanálise. Discute-se a articulação entre feminino e masculino e os pares de opostos passividade e atividade, através de pesquisa bibliográfica realizada na obra de S. Freud. Ao contrário da ideia comum de que estas posições estão vinculadas aos órgãos genitais, , Freud parte da biologia, mas não se restringe a este campo, pois na esfera psíquica a sexualidade é se expressa nas possibilidades ativas e passivas de satisfação da pulsão, noção que aponta a impossibilidade de naturalização das questões sexuais. Há uma dificuldade de lidar com a posição feminina tanto para homens quanto para mulheres, em função da castração e suas consequências psíquicas. Ambos os sexos lidam com a castração e para a psicanálise as mulheres não estão situadas exclusivamente na posição feminina bem como os homens não estão necessariamente na masculina.
Palavras chave: Psicanálise, Feminino, Masculino, Atividade, Passividade.

O significante fálico na constituição do sujeito
Letícia Ramos Galvão, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC Goiás
Este trabalho visa compreender os efeitos do significante fálico na constituição subjetiva, partindo da discussão do conceito de falo retomada por Lacan em sua releitura da obra freudiana. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica em textos clássicos da psicanálise. Percorre o conceito de significante, que se encadeia em série, provocando a emergência do sujeito constituído pela linguagem, bem como discute o atravessamento do sujeito nos três tempos do Édipo, que articulam falo, falta e desejo. A releitura que Lacan faz de Freud evidencia o que já está presente na obra freudiana: não é possível naturalizar a sexualidade, uma vez que é com o Outro, por meio da passagem pelo Édipo, que mulher e homem se constituem. O significante fálico é referido à falta que faz o sujeito movimentar-se em busca do seu recobrimento, é o atestado do poder desejar e ser desejado.
Palavras chave: Psicanálise, Sujeito, Falo, Sexualidade.

Violência e masculinidade na psicanálise
Marise Andrade, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC Goiás
O presente trabalho aborda a problemática da violência e sua relação com a masculinidade, segundo a psicanálise. Questiona-se a razão do fato da pessoa do sexo masculino figurar nas estatísticas como aquela que mais comete violência física contra seus semelhantes e contra animais, bem como sofre mais mortes violentas e outros tipos de crimes tipificados em lei. Metodologicamente realizou-se uma pesquisa bibliográfica em livros e artigos que discutem a relação entre violência e masculinidade a partir da psicanálise. As considerações finais apontam que há sofrimento na experiência relativa à angústia de castração em pessoas do sexo masculino, somado ao fato do falocentrismo ser uma das marcas da sociedade, que incita a imposição da ordem fálica mediante o emprego da violência e requisita os homens a mostrarem mostrar sua identidade mesmo às expensas da violência.
Palavras chave: Psicanálise, Violência, Masculinidade.

Lá e de volta outra vez: reflexões acerca da fantasia na psicanálise
Igor Siqueira Lima, Prof.ª Ms. Elizabeth Cristina Landi de Lima e Souza
PUC Goiás
O presente trabalho se propôs a fazer uma leitura das obras de Freud e Lacan relacionadas à fantasia, com o acréscimo de outros teóricos que também abordam a questão da fantasia norteados por esse viés teórico de Freud e Lacan. Dentre as leituras feitas, foram abordadas questões relacionadas com o abandono da teoria da sedução em Freud, assim como a articulação dos conceitos de inconsciente e pulsão para se falar de fantasia. Foram abordadas também as questões de fantasia fundamental em Lacan, assim como a travessia da fantasia enquanto fim de analise. Como metodologia para o trabalho, foi elaborada uma pesquisa de revisão bibliográfica das obras de Freud, Lacan entre outros teóricos. Como resultado do trabalho, foi-se retomada a discussão sobre a importância impar da fantasia na clínica psicanalítica, assim como o seu papel no fim da análise 
Palavras Chave: Fantasia, Fantasia fundamental, Travessia da Fantasia, Clínica

18:00 – 20:00h           Auditório Área IV
Conferencista Convidada
Os desafios da pesquisa na produção de subsídios
para a construção da política pública
no enfrentamento ao tráfico de pessoas
Prof.ª Ph.D. Maria Lúcia Pinto Leal (UnB)
Este estudo trata de questões teórico-metodológicas que envolvem a pesquisa sobre tráfico pessoas a relação entre aspectos estruturais e superestruturais, sujeito e objeto, os desafios da quanti-qualificação, o combate a neutralidade, e como e quando podemos fortalecer a participação/ protagonismo sem comprometer o aspecto ético na pesquisa; a desconstrução da  criminalização e o fortalecimento da emancipação política dos sujeitos em situação de tráfico; a influencia das pesquisas nas Políticas públicas; intercâmbios acadêmicos e culturais entre pesquisadores de universidades locais e internacional; e fomento para desenvolver estudos e ações na área de tráfico de pessoas.
Palavras chave: Pesquisa, tráfico de pessoas, protagonismo, emancipação, política, intercâmbios e fomento.
Conferencista Convidado
Terciário, Lumpem e crise.
Prof. Dr. Carlos Alberto Ferreira Lima
  (NEPPPOS/CEAM/UnB).
Na primeira seção serão introduzidos os fundamentos teóricos da economia capitalista que embasarão a perspectiva adotada no presente trabalho. Neste sentido, autores como Mészáros, Chesnais, Mandel, Harvey e outros serão utilizados para desvelar a realidade objeto de nossa investigação; a segunda seção chamará atenção para o terciário como fazendo parte do departamento III da economia (produtor de não-mercadorias; a terceira seção lançará luzes para o entendimento da realidade crise brasileira sobredeterminada pela atual crise internacional.
Palavras-chaves: Trabalho produtivo; trabalho improdutivo; dívida pública; desemprego; lumpem proletariado.

18:00 – 20:00h           Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa Redonda
Coordenador: Prof. Dr. Cristiano Coelho

Economia Comportamental: Compreendendo a "Irracionalidade" das escolhas/decisões”
Prof. Dr. Cristiano Coelho, Prof. Dr. Lauro Eugênio Guimarães Nalini
Estudo para a prova ou saio com os amigos? Vou à procura de trabalho ou faço faculdade? Desde as decisões mais simples até aquelas que repercutirão em nossa vida por muito tempo, a concepção de racionalidade tem servido de base para a compreensão do comportamento, notadamente no estudo de escolhas e decisões que envolvem consequências atrasadas ou prováveis. As falhas em tomar a melhor decisão (a decisão racional em termos econômicos) eram relacionadas a interferências indesejadas e as explicações para essas escolhas “irracionais” apontavam para emoções. A partir do final da década de 1960 essas escolhas irracionais começaram a chamar atenção por consistentemente ocorrerem em situações que as explicações usuais não se mostravam satisfatórias, o que levou ao desenvolvimento de uma área denominada Economia Comportamental. A proposta desta mesa é apresentar e discutir alguns dos modelos da Economia Comportamental que passaram a se ocupar com a descrição de decisões/escolhas, com um conjunto de dados que tem indicado que os mesmos processos são responsáveis pelas escolhas racionais ou irracionais, a partir da relação que essas escolhas/decisões estabelecem com as alterações no contexto e nas consequências. Com isso, a Economia Comportamental tem mostrado que apesar, de violarem princípios lógicos, existe uma sistematicidade na “irracionalidade”, permitindo compreender as escolhas atuais.

20:00 – 22:00h           Auditório Área IV
Mesa Redonda
Clínica do trabalho: o diálogo que transforma
Coordenador: Prof.ª Dr.ª Kátia Barbosa Macêdo - PUC Goiás
As relações de trabalho, pela sua centralidade na sociedade contemporânea têm sido tema de investigações e intervenções nas ciências sociais, com ênfase na psicologia, psicossociologia e psicanálise. Dentre várias abordagens, têm-se sobressaído a clínica psicodinâmica do trabalho, talvez por priorizar as discussões coletivas visando a transformação das relações de trabalho. O objetivo desse texto é apresentar em linhas gerais a proposta da clínica do trabalho, abordando sua teoria e a metodologia  desenvolvida  para sua utilização nos espaços institucionais e ainda propiciar discussões acerca da importância desse diálogo na promoção de saúde mental e física, bem como na prevenção do adoecimento das pessoas que constroem e atuam nas instituições. A principal contribuição centra na apresentação detalhada de cada etapa para a realização do trabalho, enfocando tanto os requisitos quanto os objetivos relacionados a cada etapa ou fase do desenvolvimento do trabalho.
Palavras chave: psicodinâmica, metodologia, instituições, clinica do trabalho.

20:00 – 22:00h           Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa Redonda
O feminino e o masculino da contemporaneidade
Coordenadora: Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa - PUC Goiás
A temática a respeito do Masculino e do Feminino tem sido amplamente discutida. Essa discussão deve-se ao fato de que as diferenças de gênero constituídas social e culturalmente deixaram marcas profundas na formação da identidade e na definição dos espaços sociais masculinos e femininos que, com o desenrolar dos tempos, têm sido revistos e atualizados. Parece ser essa a grande solicitação que se faz presente, pois à medida que se revê e se atualiza, abre-se a possibilidade de relações mais integradas e totalizantes. Pretende-se realizar  algumas reflexões sobre  este assunto, na perspectiva Fenomenológico-existencial e na perspectiva Sistêmica, tomando como base as implicações histórico-culturais na constituição desses universos. Destaca algunsmarcos históricos que favoreceram a fragmentação dos papéis masculino e feminino e, ao mesmo tempo, resgata-se  a possibilidade de sua interação via relação de reciprocidade, configurando, assim, a totalidade masculino feminina.
Palavras chave: Masculino, Feminino e contemporaneidade.

O feminino e o masculino da contemporaneidade
Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna Martins Costa
PUC Goiás

A totalidade masculino-feminino
Prof.ª Marta Carmo
PUC Goiás

O masculino e o feminino
Analice Vinhal (UNIP)

26 Setembro 2014 – Sexta-Feira

07:30 – 09:30h           Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Comunicações Orais
Coordenador: Prof.ª Dr.ª Lenise Santana - PUC Goiás
Gênero e sexualidade na escola: uma análise dos discursos dos professores
Ednalva Macedo Nunes, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC Goiás
As discriminações de gênero, étnico-racial e de orientação sexual, como também a violência sexista, são produzidas e reproduzidas em todos os espaços da vida social brasileira. Considerando que a escola é um lugar privilegiado para a produção e reprodução de saberes e de cultura, entre eles gênero e sexualidade, tomamos para análise  uma experiência de formação e aperfeiçoamento de professores/as - o curso de capacitação Gênero e Diversidade na Escola – GDE. O corpus da pesquisa é composto por materiais do curso como: fichas de inscrição, textos, manuais, relatórios, projeto final, etc. O foco da análise está voltado para os repertórios sobre gênero e sexualidade produzidos no decorrer do curso. Pretende-se analisar se os cursos de capacitação continuada de professores/as apresentam-se como uma alternativa capaz de propiciar novas reflexões acerca de gênero e diversidade e, como educadores/as lidam com essas temáticas, tendo como aporte teórico metodológico a vertente sócio-construcionista em Psicologia Social e os estudos feministas e de gênero.
Palavras chave: Gênero, Diversidade, Construcionismo social.

Noções sobre empreendedorismo feminino na produção acadêmica em Psicologia
Zita Christina Duarte Roriz, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC Goiás
O processo do trabalho tem acompanhado o ser humano desde os primórdios de sua existência. Desde então, algumas diferenças passaram a nortear os processos laborais, como as diferenças entre gêneros. A despeito da intensificação da participação feminina no mundo do trabalho, tributo de incansáveis lutas dos movimentos feministas para transformar as assimetrias entre os gêneros, ainda persistem desigualdades entre homens e mulheres. Na esteira das intensas transformações sociais da contemporaneidade surge a figura da mulher empresária. Nessa comunicação pretendo apresentar um estudo exploratório sobre as noções de empreendedorismo feminino que circulam na produção acadêmica em Psicologia. Trata-se de uma pesquisa documental e tem como arcabouço teórico o aporte teórico da Psicologia Social sócio-construcionista e os estudos feministas e de gênero.
Palavras chave: Gênero, Trabalho, Empreendedorismo, Construcionismo Social.

(Des)construções de gênero e sexualidade: a autoajuda ajuda?
Marcelo Marques Assis, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC Goiás
Este estudo diz respeito a uma pesquisa documental/qualitativa, que visa explorar a circulação das práticas discursivas explicitadas no livro de autoajuda “Desvendando os Segredos da Atração Sexual”. O foco das análises será voltado para as ideias, argumentos, sentidos e propostas sobre gênero e sexualidade que estão em circulação no livro. O conceito de gênero, adotado neste trabalho, refere-se aos aspectos históricos, culturais, sociais e políticos das distinções existentes entre homens (masculinidades) e mulheres (feminilidades). Intimamente relacionado a esse conceito está o de sexualidade, compreendido pela abordagem construcionista, como uma construção social que problematiza a naturalização, a universalidade e seu caráter a-histórico. Visto que a literatura de autoajuda reflete diferentes concepções acerca de gênero e sexualidade, serão eleitos capítulos para compor o corpus da pesquisa e serão utilizados os princípios teóricos e metodológicos orientados pelo construcionismo social como uma postura des-reificante, des-naturalizante e des-essencializante para as análises.
Palavras chave: Gênero, Sexualidade, Construcionismo social, Autoajuda.

Feminismos em rede: uma análise dos discursos feministas nas mídias digitais
Thaís de Camargo Oliveira, Prof.ª Dr.ª Lenise Santana
PUC Goiás
O Movimento Feminista, assim como os demais movimentos sociais, está passando por amplas e intensas transformações tanto na sua forma de organização como nas estratégias de atuação política. Uma das mudanças que se destaca é o fato dele se caracterizar por novas formas de atuação e mobilização, diretamente relacionadas às novas formas de comunicação disponibilizadas pelas mídias digitais, que ampliam e amplificam os discursos, possibilitam visibilidade aos diferentes grupos e vertentes e oportunizam a discussão, organização e divulgação de encontros, movimentos, protestos por todo o mundo. Esta apresentação objetiva fazer uma reflexão sobre os usos e as apropriações da comunicação pelo feminismo, enfocando as lutas que pautam a mídia digital feminista e as estratégias de comunicação que integram as ações do Movimento, especificamente através da análise do discurso dos blogs. Para tanto, utilizarei como arcabouço teórico o Construcionismo Social e as práticas discursivas como proposta de análise.
Palavras chave: Movimento feminista, Construcionismo social, Práticas discursivas, blogs feministas.

09:45 – 12:00h           Sala de Defesa (Prédio da Reitoria – Área IV)
Mesa Redonda
Comportamento Alimentar: influência de fatores filogenéticos e ontogenéticos no desenvolvimento da obesidade e de transtornos alimentares
Coordenadora: Prof.ª Dr.ª Sônia Maria Mello Neves - PUC Goiás
O comportamento Alimentar envolve a escolha, a quantidade de alimentos, a forma de ingesta bem como o tempo dedicado a rituais de ingestão de alimentos. No comportamento alimentar podemos identificar fatores filogenéticos e ontogenéticos que o influenciam. Considerando que 25% da população mundial encontra-se em situação de sobrepeso e obesidade e que de dois a cinco por cento da população desenvolve em algum período da vida algum tipo de transtorno alimentar (Anorexia, bulimia ou compulsão) objetiva-se apresentar o tema com vistas a identificar as causas, o diagnóstico e o tratamento propostos para estes problemas visto que se enquadram em objeto de atenção de políticas públicas preventivas e assistenciais. Destaca-se, especificamente, a contribuição ou o papel do profissional psicólogo na propositura de ações que visem a prevenção e a adesão ao tratamento.
Palavras chave: Comportamento alimentar, Obesidade, Transtornos alimentares.


Transtornos alimentares: classificação
Prof.ª Dr.ª Sandra de Fátima Barboza Ferreira
PUC Goiás
Os transtornos de alimentação são definidos como graves perturbações do comportamento alimentar que fazem com que a ingesta de alimentos deixe de ocorrer com vistas ao equilíbrio energético e corporal. Manifestam-se pela adoção de métodos restritivos ou purgativos e mesmo pela ingesta de alimentos não convencionais ou de forma não convencional. Nesta categoria diagnóstica encontram-se codificados a anorexia, bulimia e transtornos de compulsão alimentar periódica. Quando diagnosticados na infância incluem pica e ruminação. Estima-se que 5% da população mundial apresente algum transtorno alimentar e que a prevalência destes transtornos é registrada na população jovem e predominantemente feminina. A evolução destes transtornos cursa com complicações neurológicas, cardiovasculares, pulmonares, gastrintestinais, endocrinológicas, imunológicas, dermatológicas e odontológicas que demandam ações em saúde pública. O acompanhamento dos casos envolve equipe multiprofissional.
Palavras chave: anorexia, bulimia, TCAP, compulsão.

Obesidade: causas, tratamento e manutenção
Prof.ª Dr.ª Sônia Maria Mello Neves
PUC Goiás
Estima-se que 25% da população mundial encontra-se na faixa de sobrepeso e obesidade o que implica no delineamento de programas de ações preventivas de saúde pública. Apesar de estudos de seguimento de tratamentos para obesidade apontarem resultados insatisfatórios, tratamentos comportamentais da obesidade infantil de base familiar, isto é que envolvem pais e crianças apresentam melhores resultados a longo prazo. O prognóstico de tratamento comportamental pode ser diferente para adultos e crianças, isso devido a questões metabólicas, como também pelo fato de as ultimas terem histórias curtas de hábitos que podem levar ao balanço energético positivo. Insatisfação com o peso alcançado no tratamento, sedentarismo, falta de vigilância rotineira do peso corporal e tendência a usar o comer para regular o humor são alguns comportamentos associados ao fracasso da manutenção do peso.
Palavras chave: Obesidade, família, tratamento comportamental, manutenção do peso.

Compulsão alimentar e obesidade sob a perspectiva da análise do comportamento
Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno
PUC Goiás
O comportamento alimentar é controlado tanto pelo estado biológico (metabolismo de cada indivíduo) quanto pelas demandas ambientais: hábitos alimentares, fatores comportamentais, culturais, disponibilidade de alimentos etc. Considerado importante para a manutenção da saúde do indivíduo, além de ser socialmente aceito quando o indivíduo mostra-se com controle. Por consequência de variáveis ambientais, o comportamento alimentar pode tornar-se inadequado, quando adquire diferentes funções. A compulsão alimentar é decorrente da inadequação do comer, o que pode acarretar em sobrepeso e obesidade. A obesidade é considerada como resultado de fatores biológicos, ambientais e psicológicos. Assim, objetiva-se analisar as variáveis comportamentais, cognitivas, emocionais, fisiológicas e ambientais desencadeadoras e mantenedoras do comportamento alimentar compulsivo presente na compulsão alimentar e na obesidade, bem como identificar formas de intervir nesse padrão alimentar. Destaca-se a Análise funcional como um procedimento útil na identificação dos antecedentes e consequentes que geraram o padrão alimentar inadequado, assim como para o seu controle.
Palavras chave: compulsão alimentar, obesidade, análise funcional, análise do comportamento aplicada.

A importância do acompanhamento psicológico
pré e pós-cirúrgico na cirurgia bariátrica
Esp. Ricardo Rodrigues Borges, Prof.ª Ph.D. Ângela Maria Menezes Duarte
PUC Goiás
A obesidade é resultado da interação de fatores ambientais, comportamentais, emocionais e predisposições genéticas. Mundialmente, ocorreu um aumento da disponibilidade e da ingestão de alimentos altamente calóricos. Ao mesmo tempo houve uma diminuição da atividade física, por conta de um estilo de vida mais sedentário, decorrente das mudanças nas formas de trabalho, aumento da urbanização e acesso ao transporte. Apesar de o tratamento cirúrgico, conhecido comumente como cirurgia bariátrica, ser o tratamento que mostra o melhor resultado a longo prazo, a obesidade é uma doença crônica que tende a recorrer após a perda de peso. O acompanhamento pré e pós-cirúrgico por uma equipe multidisciplinar é fundamental. Técnicas utilizadas pela Terapia Cognitivo-Comportamental  são apresentadas.
Palavras-chave: obesidade, acompanhamento multidisciplinar, cirurgia bariátrica.

14:30 – 16:30h           Auditório Área IV
Mesa Redonda
Megaeventos esportivos: oportunidades para a proteção e prevenção contra o tráfico de crianças e adolescentes.
Coordenadora: Prof.ª Dr.ª Adriana Bernardes Pereira

Prof.ª Ph.D. Benedito Rodrigues dos Santos (UCB / UNICEF)

Casimira Benge (Coordenadora do Programa Crescer sem Violência – UNICEF)



Lançamento de Livros
26/09/2014
Horário: 14:30 – 16:30h
Local: Auditório da Área IV

"Mulheres Brasileiras na Conexão Ibérica: um estudo comparado entre migração Irregular e Tráfico".
Editora - Appris .
Profª. Ph.D. Maria Lúcia Pinto Leal
26/09/2014
Horário: 14:30 – 16:30h
Local: Auditório da Área IV

A INFÂNCIA ENTRA EM CAMPO
Riscos e Oportunidades para Crianças
e Adolescentes no Futebol
Unicef

Relatório Mundial sobre infância e adolescência

Srª. Casimira Benge – Coordenadora do Programa Crescer sem violência, do UNICEF no Brasil


Professor Ph.D. Benedito – UCB e Unicef

MINICURSOS
14:30 – 16:30 h   (Dias 23, 24, e 25/09/2014) Salas 305, 306, 307 (Bloco C) e Sala de Defesa (Prédio da Reitoria) – Área IV

23 Setembro 2014

14:00 – 18:00h | Sala de Defesa – Prédio da Reitoria – Área IV
O papel do analista do comportamento na prevenção das psicopatologias
Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno – PUC Goiás
Este minicurso tem por objetivo destacar a importância do papel do analista do comportamento para a prevenção das chamadas psicopatologias, ou comportamentos-problema. A ampla literatura, tanto na abordagem funcional quanto na abordagem tradicional, destaca trabalhos, com resultados eficientes ou não, porém focados na intervenção, que é a tentativa para o restabelecimento da condição de saúde. Ou seja, ações tanto médicas quanto analítico-comportamentais na fase secundária da saúde, isto é, a clínica, quando já são evidentes os prejuízos verificados à saúde do indivíduo. Assim, este minicurso apresentará resultados de pesquisas em três vertentes: (a) o estudo e a forma de intervenção nas psicopatologias pelas abordagens tradicional e funcional; (b) as demandas sociais versus repertórios básicos de comportamentos e suas implicações para a instalação das psicopatologias; e (c) o papel do analista do comportamento propriamente dito nas prevenções dessas problemáticas.
Palavras chave: psicopatologias, abordagem tradicional, abordagem funcional, análise do comportamento aplicada.

O estudo das psicopatologias de acordo com as abordagens tradicional e funcional
Maíra Ribeiro Magri – PUC Goiás
Este trabalho objetivou investigar a forma de pesquisa, atuação e práticas clínicas desenvolvidas pelas abordagens tradicional (biológica) e funcional (comportamental) no estudo das chamadas psicopatologias. A psicopatologia é uma área do conhecimento que objetiva estudar os estados psíquicos relacionados ao sofrimento mental. Dois importantes instrumentos de pesquisa e de classificação têm sido utilizados: a CID e o DSM. Skinner coloca que os comportamentos-problema dos seres humanos são explicados e mantidos por meio do modelo de seleção por consequências. Assim, a Análise do Comportamento explica essas classes de respostas a partir de sua funcionalidade: uma resposta que sofreu variação e foi selecionada, logo, sua probabilidade de ocorrência futura é função de sua consequência, seja ela reforçadora ou não. Logo, a descrição do comportamento como “doença”, salientam os analistas do comportamento, é incoerente uma vez que se ele ocorre está em função de haver algum valor adaptativo àquele que se comporta.
Palavras chave: psicopatologias, visão tradicional e funcional do comportamento, análise do comportamento aplicada.

Demandas sociais versus repertórios básicos de comportamentos:
suas implicações à instalação das psicopatologias
Guliver Rebouças Nogueira – PUC Goiás
Os seres humanos estão organizados em sociedade. Para que haja uma ordem e que essa sociedade caminhe para o progresso, há a necessidade de regras e demandas. Assim, cada indivíduo, nela inserido, precisa apresentar comportamentos que correspondam ao cumprimento das mesmas. Porém, para que este consiga cumprir eficazmente regras e demandas, momento em que há a possibilidade da ocorrência de consequências reforçadoras, é necessário que possua um repertório de comportamentos específicos e eficientes. Quando do contrário, provavelmente haverá a liberação de consequências punitivas, que podem desencadear diversas reações fisiológicas desagradáveis. Um dos fatores para o não cumprimento de regras e demandas pode ser a falta de competências comportamentais para tal. Assim, o objetivo deste trabalho foi o de demonstrar que repertórios ineficientes favorecem as inadequações sociais, que levam a ocorrência de consequências aversivas, e estas possibilitam a instalação das chamadas psicopatologias.
Palavras chave: demandas sociais e repertório deficitário, psicopatologias, análise do comportamento aplicada.

O papel do analista do comportamento na prevenção das psicopatologias
Prof.ª Ms. Lohanna Nolêto Bueno (Universidade Salgado de Oliveira)
A Análise do Comportamento aplicada consiste na aplicação dos princípios do comportamento e na verificação da ocorrência de mudanças no operante estudado. Um dos papéis relevantes a ser cumprido por um analista do comportamento é o de demonstrar quais variáveis causaram e quais estão mantendo o comportamento. Assim, abarca comportamentos socialmente e/ou clinicamente relevantes para promover a modificação e demonstrar a possibilidade de generalização. Este trabalho objetiva: (a) destacar os resultados clínicos produzidos pela Análise do Comportamento Aplicada, porém, (b) advertir analistas do comportamento para o seu importante papel na condição primária da saúde, ou seja, garantir a manutenção da saúde e não apenas funcionar em sua condição secundária, a clínica, ou o tratamento das condições clínicas que implicam já ter havido prejuízos à saúde do indivíduo. Logo, o seu papel na prevenção das psicopatologias.
Palavras chave: prevenção de psicopatologias, análise do comportamento aplicada, o papel do analista do comportamento.

14:30 – 16:30h | Sala 306 – Bloco C – Área IV
Estratégias para trabalhar a análise funcional em psicoterapia clínica:
avaliação e intervenção
Prof. Ms. Thiago de Oliveira Pitaluga – PUC Goiás
Analisar funcionalmente é compreender o resultado produzido da interação pessoa com seu ambiente. Todo este efeito pode ser relacionado através da identificação das variáveis responsáveis pela ocorrência dos comportamentos. O comportamento então deve ser investigado de forma funcional, ou seja, através da contingência. De fato que, conhecer a relação entre os eventos é que possibilita fazer uma análise funcional. Assim, todo o comportamento está em função das variáveis externas. Na terapia, a análise funcional é este instrumento valioso quando se trata da identificação das queixas do cliente, bem como de sua história vida e todo o processo de avaliação e intervenção. Partindo deste pressuposto, o presente estudo tem por objetivo propor estratégias para o trabalho em psicoterapia com utilização da análise funcional como instrumento de avaliação, intervenção e desenvolvimento de novas estratégias para o trabalho clínico.
Palavras chave: Análise funcional, psicoterapia, avaliação, intervenção.

14:30 – 16:30h | Sala 307 – Bloco C – Área IV
Definindo a esquizofrenia do ponto de vista comportamental
Prof.ª Dr.ª Ilma A. Goulart de Souza Britto – PUC Goiás
A esquizofrenia é definida como transtorno psicótico no Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais, o DSM-IV-TR, da Associação Americana de Psiquiatria - APA (2002/2003). A definição do termo psicótico é limitada a delírios ou alucinações. Considerando as descrições apresentadas pelo manual da APA, a esquizofrenia é definida como um misto de sinais e sintomas positivos como delírios, alucinações e negativos como disfunções cognitivas e emocionais marcantes, que persistem por um período entre 1 a 6 meses, quando se verifica ainda disfunção social ou ocupacional.
Palavras chave: Esquizofrenia, Análise do comportamento, definições.

O estudo do comportamento humano a partir da abordagem analítico-comportamental
Prof. Ms. Júlio César Alves – PUC Goiás
Como se nota, a abordagem analítico-comportamental difere da visão proposta pelo DSM-IV-TR. Na abordagem analítico-comportamental o comportamento assume um papel primário, em vez de secundário, sem nenhuma outra entidade localizada subjacente. O comportamento é algo que a pessoa faz. E melhor enfocado na forma de verbos, em função de especificarem ações. O interesse principal dessa abordagem é nas condições ou eventos que exercem efeitos sobre o comportamento (Skinner, 1953/2000).
 Palavras chave: Comportamento humano, abordagem analítico-comportamental, efeitos comportamentais.

Contingências responsáveis pelo comportamento verbal do esquizofrênico
Prof.ª Ms. Maristela Miranda de Carvalho Castro – PUC Goiás
Assim, os analistas do comportamento buscam as contingências que são responsáveis pelo comportamento verbal do esquizofrênico e as circunstâncias pelas quais seus conteúdos verbais se inserem (Britto, 2011). Nota-se que a atenção social é frequentemente dispensada ao comportamento verbal inapropriado do esquizofrênico que de acordo com Miranda e Britto, (2011) ora fala de modo estranho, incoerente ou falso, isto é, delira; ora se comporta como se visse, ouvisse ou sentisse estímulos que não estão presentes, isto é, alucina. E na tentativa de elucidá-lo, esse tipo de comportamento vem se constituindo um importante tema de investigação na ciência do comportamento. Britto (2004) sugere que para compreender a esquizofrenia é necessário observar os comportamentos estranhos ou 'bizarros' do indivíduo diagnosticado com ênfase na função e conteúdo de suas verbalizações. Observa-se que a fala do esquizofrênico é também, na maioria das vezes, incoerente, indesejada e com conteúdos misteriosos.
Palavras chave: Contingências, esquizofrenia, comportamento verbal.


24 Setembro 2014

14:30 – 16:30h | Sala 306 – Bloco C – Área IV
O significado do aqui-e-agora na prática clínica da Gestalt-terapia
Prof.ª Dr.ª Virgínia Elizabeth Suassuna M. Costa – PUC Goiás
A Gestalt-terapia exige uma disciplina rígida, como no Zen, para compreender o significado do agora e do como, deixando de lado tudo o que não esteja contido nessas palavras. Enfatiza que, o agora inclui tudo que existe,  o passado já foi e o futuro ainda não é. Essa disciplina rígida, se deve ao fato desse conceito de “agora” ser um dos menos compreendidos na Gestalt-terapia. Nesse sentido, o mini-curso refletirá o agora como sendo o presente, o ponto zero, momento percebido, carregado pelas memórias e pelas antecipações. Entretanto, será ressaltado também que, é preciso considerar que o presente é uma movimentação entre o passado e o futuro e que, não lembrar e nem antecipar, são distúrbios da awareness do tempo, tanto quanto, o se comportar como se lá estivessem. Pretende-se finalmente, discutir a atitude fenomenológica, como uma forma de retornar a experiência presente, considerada um antídoto à pessoa em sofrimento, com funcionamento neurótico, que com seu modo de viver anacrônico tem dificuldade em vivenciar o presente, se auto interrompendo com situações inacabadas do passado, apesar de que, seus problemas existirem no aqui e agora.
 Palavras chave: Gestalt-terapia, temporalidade, aqui-e-agora.

14:30 – 16:30h | Sala 307 – Bloco C – Área IV
Direitos Humanos e as novas práticas da psicologia jurídica
Lila Maria Spadoni Lemes – PUC Goiás
A psicologia jurídica é um campo de atuação recente e por isso apresenta muitos desafios. Entre eles destaca-se um exame minucioso de suas novas práticas a luz dos direitos humanos, que pode servir enquanto ferramenta teórica que impeça a psicologia de propor práticas que pareçam bem intencionadas, mas que se insiram em algum tipo de violação de direitos. Essa análise também é necessária para que a psicologia não caia na tentação de se transformar em uma ferramenta do Direito, limitando seu papel e sua função.
Palavras chave: Psicologia Jurídica, Direitos Humanos, Violação de Direitos.

14:00 – 18:00h | Sala de Defesa – Prédio da Reitoria – Área IV
Medos diversos: o que são e como controlá-los
Prof.ª Dr.ª Gina Nolêto Bueno – PUC Goiás
Prof.ª Ms. Lohanna Nolêto Bueno (Universidade Salgado de Oliveira)
Nelson Alves do Nascimento – PUC Goiás
Larissa Andrade Bento – PUC Goiás
Janaína Gomes de Souza – PUC Goiás
Resumo Geral – A Ciência do Comportamento estuda respostas fisiológicas e emocionais evocadas diante de situações relacionadas a perigos ou ameaças. Entre essas respostas inclui-se o medo, o qual, por sua vez, implica na ativação do Sistema Nervoso Autônomo Simpático e na redução da atividade do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático. O medo é uma emoção universal e altamente necessária, dado o seu valor de proteção dos organismos e de sobrevivência das espécies. Dessa forma, considera-se normal essa resposta emocional quando é eliciada diante de ameaças reais, resposta que se normaliza quando o perigo não está mais presente ou quando se avalia que a situação não era de fato tão ameaçadora. Assim, o objetivo deste minicurso é viabilizar recursos para compreensão de como são instaladas e mantidas as respostas de medos, além de diferenciar medo normal de anormal, descrever como se dá a aprendizagem dos mesmos e apresentar procedimentos para controle de tais respostas.
Palavras-chave: fisiologia do medo; eventos eliciadores e mantenedores do medo; controle do medo; análise do comportamento.

Primeiro Subtítulo - Medo: resposta de medo normal e resposta de medo anormal
Ministrantes: Prof.a Dr.a Gina Nolêto Bueno e Prof.a Ms Lohanna Nolêto Bueno
Resumo: Para se descrever o medo como normal, leva-se em consideração a sua função básica: proteção contra ameaças. Por sua vez, quando o medo se torna excessivo e persistente diante de situações ou eventos que não representem ameaças reais, pode-se considerar a ocorrência de medos fóbicos. Nesse último caso, ainda que o indivíduo consiga reconhecer que o seu medo não é racional, frequentemente ele irá se esquivar ou fugir daquelas situações em que possa entrar em contato com o objeto temido, a fim de evitar, inclusive, as respostas fisiológicas deste. A análise topográfica dos comportamentos fóbicos engloba os seguintes sistemas de respostas: (a) verbalizações privadas, geralmente sobre a falta de repertórios para lidar com a situação; (b) respostas fisiológicas, decorrentes da ativação do Sistema Nervoso Autônomo Simpático, tais como, taquicardia, sudorese, tremor etc.; e (c) comportamentos públicos, como roer unhas, postura rígida etc.
Palavras-chave: medo normal; medo fóbico; reforçamento negativo.

Segundo Subtítulo: Medos normais e fóbicos: como se dá sua aprendizagem
Ministrantes: Nelson Alves do Nascimento e Larissa Andrade Bento
Resumo: O medo pode ser aprendido basicamente de três formas: (a) por condicionamento direto, que implica na aprendizagem por meio do contato com a contingência; (b) por condicionamento indireto, que se dá por meio da observação de outros indivíduos interagindo com perigos; (c) por transmissão de informações, que pode ocorrer por meio de uma educação que ressalte a importância dos diversos riscos de perigo. Um exemplo de condicionamento direto de medo é descrito no experimento com o pequeno Albert, conduzido por Watson e Rayner no princípio do século passado. Esse estudo consistiu em emparelhar estímulos anteriormente neutros para a criança (e.g., ratos albinos e outros objetos brancos), à emissão de um ruído alto e desagradável, um estímulo incondicionado para gerar-lhe respostas condicionadas de medo. Após sucessivas ocorrências da apresentação dos dois estímulos, com proximidade temporal, o pequeno Albert passou a chorar e fugir diante da apresentação dos referidos objetos.
Palavras-chave: condicionamento direto do medo; condicionamento indireto do medo; transmissão de informações para a instalação da resposta de medo.

Terceiro Subtítulo - A função dos reforçadores na aprendizagem do medo
Ministrantes: Prof.a Dr.a Gina Nolêto Bueno e Janaína Gomes de Souza
Resumo: A reação de alarme diante do perigo é sucedida por uma série de reações fisiológicas desconfortáveis, desde taquicardia e sudorese até sensação de desmaio. Quando essas reações são muito intensas, o indivíduo passa a temer e a evitar não apenas o estímulo que as gerou, como suas próprias sensações corporais. Assim, o indivíduo, ao se esquivar e/ou fugir das situações, produz a sensação de alívio, o que reforça negativamente esses comportamentos. Entretanto, esse conforto é transitório, pois quando de novas situações aversivas, essas respostas fisiológicas se intensificarão, o que concorrerá para a manutenção do medo e redução da competência comportamental do indivíduo de enfrentar, de forma eficiente, tais contingências. Consequentemente, ao se isolar para evitar situações evocadoras de medo, por se sentir continuamente ameaçado, pode obter vários prejuízos, quando a resposta de medo intenso ganha diversas nomenclaturas, os chamados transtornos psiquiátricos de ansiedade.
Palavras-chave: respostas fisiológicas do medo; respostas de fuga e esquiva; transtornos ansiosos.

Quarto Subtítulo - Manejo do medo
Ministrantes: Prof.a Dr.a Gina Nolêto Bueno e Prof.a Ms Lohanna Nolêto Bueno;
Resumo: Dada a condição de medo produzir resposta incapacitante nos indivíduos a que o sentem, é relevante apresentar recursos para o seu controle, resposta essa que é resultado da história de aprendizagem do indivíduo. A aprendizagem pode ser dar: por práticas parentais utilizadas para evitação de condições de perigos; pela modelação, especialmente, favorecida pela observação de respostas de temores apresentadas pelos genitores destes etc.; além das verbalizações privadas, ou seja, aquilo que os indivíduos dizem a si mesmos sobre o ambiente e sobre si. Ao se investigar essas variáveis envolvidas na aquisição e manutenção das respostas de medo intenso, algumas intervenções podem ser utilizadas para o seu controle: questionamento socrático; dessensibilização sistemática; relaxamento; dentre outros procedimentos para o manejo das respostas ansiosas e fóbicas.
Palavras-chave: medo incapacitante; controle da resposta de medo; manejo da resposta de medo.

25 Setembro 2014

14:30 – 16:30h | Sala de Defesa – Bloco C – Área IV
Educar sem Palmadas: Agora é Lei
Prof.ª Ph.D. Ângela Maria Menezes Duarte – PUC Goiás
O minicurso apresenta de forma clara e objetiva os princípios da Análise Aplicada do Comportamento que podem ser usados por pais para reduzir a frequência de comportamentos inapropriados dos filhos como birra, agressão, etc. Muitas famílias usam a palmada como método de correção de comportamentos indesejáveis dos filhos. Contudo, esta forma de Punição é bastante ineficaz. Métodos alternativos e mais eficazes serão apresentados.

14:30 – 16:30h | Sala 306 – Bloco C – Área IV
Intervenção Psicossocial em Suicídio – Prevenindo o Contágio
Jociane Sobreira Lessa – PUC Goiás
As intervenções psicossociais são formas de atuação em uma problemática que se apresenta constituída por elementos psicológicos e sociais. É um tipo de trabalho realizado em grupos, visando a transformação de uma realidade e/ou prevenção de uma problemática vislumbrada. Na contemporaneidade são diversas as situações que podem ser trabalhadas mediante intervenções psicossociais: violência urbana, desastres naturais, suicídio, dentre outras. O suicídio é um fenômeno psicossocial, uma vez que é uma decisão individual mas fortemente dotado de uma repercussão social. A ideia do contágio está contida na problemática do suicídio uma vez que as estatísticas evidenciam que a repercussão de uma ocorrência pode aumentar a incidência de novos casos. Portanto, este mini-curso pretende reunir conceitos e ensinar estratégias metodológicas de intervenção psicossocial em suicídio com o objetivo de oferecer às comunidades um espaço de discussão acerca do tema, gerando a prevenção de novos casos.
Palavras chave: Suicídio, Intervenção Psicossocial, Prevenção.

14:30 – 16:30h | Sala 307 – Bloco C – Área IV
Escolha de uma Profissão como um Processo de Ganhos e Perdas
Prof.ª Esp. Vera Lúcia Morselli – PUC Goiás
Roberdan Ferreira de Oliveira – IDF
Ao escolher uma profissão, uma forma de se envolver no mundo do trabalho a pessoa mobiliza imagens que adquiriu durante sua vida. Portanto, ao introduzir a questão da escolha profissional faz-se necessário discutir os valores, a importância, a necessidade ou não desta opção para o sujeito, bem como a reflexão sobre os modelos de escolha que existem na sociedade. Escolher significa exatamente ter que se posicionar entre as possibilidades colocadas que são igualmente atrativas e contêm também desvantagens. Qualquer escolha implica risco. Escolha sem risco não é escolha. A insegurança faz parte de qualquer decisão. Escolher uma profissão implica perda, a perda das outras, pelo menos temporariamente. Escolher algo pressupõe que a pessoa conheça a realidade que contextualiza a decisão, que se autoconheça e esteja informada a respeito das possibilidades do mercado de trabalho. Escolher uma profissão é um desafio e um ato de coragem.
Palavras chave: Escolha profissional, reflexão, posicionamento, ganhos e perdas.